AMATRA XVII E FDV FIRMAM TERMO DE COOPERAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO PROGRAMA TJC
A Associação dos Magistrados do Trabalho da 17ª Região e a Faculdade de Direito de Vitória - FDV firmaram Termo de Convênio e de Compromisso para o desenvolvimento do PROGRAMA TRABALHO, JUSTIÇA E CIDADANIA no Estado do Espírito Santo, concebido pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA.
Os objetivos principais da parceria entre as duas instituições são: difundir noções básicas de Direito do Trabalho e de direitos fundamentais; propiciar a leitura e reflexão sobre ética, cidadania, trabalho e justiça, conscientizando os cidadãos por meio das atividades educacionais; informar aos alunos, aos pais, comunidade e aos trabalhadores em geral, noções de Direito do Trabalho e dos direitos fundamentais, utilizando a Cartilha do Trabalhador e outras publicações sobre Direito, Trabalho e Cidadania; esclarecer os alunos e a comunidade sobre o Poder Judiciário, a estrutura e o funcionamento da Justiça do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, sobre os serviços de assistência judiciária gratuita e sobre a organização sindical e; formar multiplicadores que executarão o programa nas suas áreas de atuação, e orientarão crianças, jovens e adultos a transmitirem esses conhecimentos aos seus familiares e às suas comunidades.
A primeira etapa da aplicação do programa TJC consiste na formação de professores, que são os multiplicadores. As etapas seguintes compõem-se de visita às escolas pelo núcleo do TJC local, para engajamento dos alunos e professores ao programa.
A terceira etapa é uma visita dos alunos nas dependências do Tribunal Regional do Trabalho, ocasião em que participam de audiências e julgamentos das Varas do Trabalho, seguida de outra visita do núcleo numa etapa denominada tira-dúvidas.
A última etapa do programa é um belo evento, no qual as escolas participantes fazem apresentações artísticas com muita criatividade: teatro, música, dança, poesia, vídeos e e muita criatividade e emoção, coroando toda a aprendizagem.
Os acadêmicos de direito, participantes da atividade de extensão, apresentaram seu relato:
“Participar do TJC foi uma experiência única. Acompanhar os alunos em suas visitas e observar o trabalho que eles fizeram depois de todo o processo foi, no mínimo, inspirador. Tivemos a oportunidade de tirar as dúvidas dos estudantes e falar sobre assuntos importantes, como aprendizagem profissional e cotas nas universidades. Enquanto acadêmica de Direito, sei que, sem dúvidas, o Programa é uma iniciativa maravilhosa de facilitar o acesso à justiça e de conscientizar os adolescentes sobre o exercício de sua cidadania, tornando-os mais cientes de seus direitos e deveres” (Lívia Duarte Ramos, à esquerda da fotografia a seguir).
“Bom, eu achei que o projeto, por um todo foi muito benéfico tanto para mim quanto para os alunos das escolas e meus parceiros de projeto. Durante todo o período de visitas no TRT-ES eu pude aprender muito e entender como tudo funciona de forma mais prática, tive a oportunidade de aprender muito com os alunos das escolas, que, ao interagirem me faziam pensar sobre aspectos e perspectivas que eu nunca pensaria. Além de tudo isso, foi uma oportunidade incrível poder estar tão perto de juízes e juízas que nos acolheram como um todo, tanto os alunos, como nós do apoio. Aprendi muito e pretendo continuar no projeto”, relatou Luiz Filipe Lima de Oliveira Amatuzo, que aproveitou a oportunidade para experimentar a toga dos Desembargadores.
“Desde o meu primeiro contato com o Programa Trabalho, Justiça e Cidadania pude notar o quão essa ação social seria importante na vida dos alunos que participaram conosco. No entanto, devo reconhecer que não foram somente eles que aprenderam com o programa. Eu consegui ver na prática aquilo que Bauman denominou de “desfamiliarização social”, isto é, a capacidade de me afastar da minha própria realidade e, consequentemente, entender a realidade daqueles alunos, que contribuíram indescritivelmente para o meu progresso acadêmico e pessoal.” (Luiz Henrique Aguiar)
“Participar do TJC foi a melhor experiência do meu ano. O aprendizado jurídico adquirido se torna pequeno diante do enriquecedor contato com os alunos. A culminância foi a prova viva de que esse programa deve ser cada vez mais valorizado. Ele transforma vidas, quebra preconceitos. É um elixir de esperança na construção de uma sociedade mais igual e consciente”. (Yasmin Miranda Mayerhofer).
“Participar do programa TJC foi, com certeza, um grande privilégio. O conhecimento levado para os alunos abriu portas a eles, tanto para saber de seus direitos, como para mostrá-los que eles têm capacidade de realizar seus objetivos por meio da educação. Foi um grande aprendizado, tanto para os alunos, como para nós, acadêmicos da FDV”. (Rayssa Rossi)
O Termo de Cooperação Técnica é executado pelo grupo de pesquisa “Invisibilidade social e energias emancipatórias em Direitos Humanos”, sob supervisão acadêmica da Professora Gilsilene Passon P Francischeto.